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Mostrando postagens de junho, 2023

Sementes de Amor: ADEFIP - Uma Jornada de Inclusão e Esperança

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  Na data de 23 de junho de 2023, um evento grandioso marcou um capítulo inesquecível na história de Poços de Caldas. A ADEFIP, uma instituição poderosa que há décadas tem lutado incansavelmente pelos direitos das pessoas com deficiência, finalmente ergueu a sua sede própria. E hoje, com a voz embargada pela emoção, venho compartilhar um relato pessoal sobre a minha profunda conexão com essa instituição que tanto me acolheu e cuidou de mim. Na vastidão das minhas memórias, há um episódio que brilha intensamente. Lembro-me claramente de uma tarde de outubro, quando eu era apenas uma criança. A ADEFIP organizava uma festa para comemorar o Dia das Crianças, na quadra poliesportiva próxima à minha antiga casa, a famosa Quadra da Vila Unidas. Nesse dia, conheci pessoas incríveis, como o Senhor Vladimir e a Senhora Fátima. E então, para a minha surpresa, eles cantaram "Parabéns pra você" em alto e bom som, direcionando suas palavras festivas a mim. Descobriram, naquele instante mág

A Angústia de viver uma realidade não feita para Pessoas com Deficiência

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Caro leitor, permita-me mergulhar em sua alma e trazer à tona a angústia que permeia a realidade vivida por nós pessoas com deficiência. Sinto a necessidade de revelar a injustiça dessa condição, na qual somos confrontados com uma realidade que não foi projetada para acomodar nossas necessidades e anseios mais profundos. Desde tempos imemoriais, carregamos o peso do preconceito e da marginalização. Numa era preconceituosa, somos tratados como meras sombras, relegados ao papel de "companhia de fotos no Instagram". Somos apagados dos desejos e fantasias, excluídos do âmago das experiências sexuais que a sociedade concede aos considerados "normais". Essa injustiça nos impede de explorar os horizontes do prazer, da paixão e da intimidade em sua plenitude, como os demais. A angústia que nos envolve é acentuada pela constatação de que a coletividade, com seus padrões estéticos rígidos, nos coloca em uma posição de desvantagem. Os PCDs que não se encaixam nesses padrões

Além das Limitações Físicas: A Luta contra a Prisão da Deficiência

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No fundo da minha existência, envolto em minha deficiência física, ergo minha voz carregada de raiva e ódio. Não por ser uma pessoa com limitações, mas sim por ter que constantemente provar minha humanidade além das barreiras impostas pelo meu corpo. Nasci com a amiotrofia espinhal tipo 2, uma condição que aprisiona meus movimentos, mas não minha capacidade de pensar, sentir e ser um ser racional. É uma prisão injusta, onde sou condenado sem ter cometido crime algum. Vivo acorrentado por ter nascido "diferente", uma alma aprisionada em um corpo limitado. Minha existência se torna um constante desafio, onde a sociedade insiste em me colocar à prova. Diariamente, sou obrigado a demonstrar que sou mais do que minha deficiência, que sou uma pessoa completa, com sonhos, desejos e sentimentos que vão além das limitações físicas. Recentemente, deparei-me com a música "Castelo Triste" https://www.youtube.com/watch?v=TZX3PwQWej4 , do grupo de rap Facção Central, que conta a